A ratoeira mais cara do Universo


Um dos argumentos mais convincentes que tenho escutado em defesa da construção do parque de estacionamento no quarteirão da Caldeiroa-Camões-Liberdade é a de que há ratos por entre aquela “mancha de mato, silvas e uns arbustos manhosos (citação surripiada a um amigo). Percebo o medo aos ratos e até conheço alguns cidadãos muito respeitáveis e afoitos que, mais do que medo, abeiram ataques de pânico sempre que lhes aparece um rabo-de-couro pela frente. É por isso que acho muito mais justificado o fundamento rateiro do que aquele que diz que o parque vai ser feito para satisfazer necessidades de aparcamento na cidade, argumento que tenho visto repetido muitas vezes e que ainda ninguém demonstrou, antes pelo contrário (em caso de dúvida em relação ao que aqui afirmo, volto a recomendar a leitura da página 9 da memória descritiva do Plano de Mobilidade Sustentada, da Câmara Municipal de Guimarães). Mas, se a ideia era construir uma ratoeira, tenho que confessar que me parece um tanto exagerado o que se vai gastar para a montar (tudo incluído, obra, projecto, mais aquisições e expropriações dos terrenos, mais IVA, deve somar para cima de 7 milhões de euros). É seguro que existem soluções bem mais em conta. E não era preciso procurar muito. Ali mesmo, na Drogaria Caldeiroa, de Luís Teixeira de Carvalho & Irmãs, Lda, encontram-se várias soluções para o extermínio de tão medonhas criaturas, a custo bastante módico, como se atesta com a fotografia que vai junta.

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