Na morte do Marquês do Pombal em 1782.
Apesar dos esforços, que fazia
Por dilatar a vida sempre astuto,
O Marquês do Pombal paga o tributo,
Que desde que nasceu pagar devia:
Na duração eterno parecia,
E o mundo para ele diminuto;
Se ele foi bom, ou mau, não o disputo,
Que isto toca a mais alta hierarquia:
Sei que mostrou, que todo aquele
enredo
De máximas, ideias, vigor forte,
Acaba de uma vez, ou tarde, ou
cedo:
Restam hoje as exéquias desta
morte;
E para pregar nelas o Macedo,
Que está pronto a mentir de toda
a sorte.
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