Enviando ao
mesmo Conde um registo de S. Brás, que este fidalgo lhe pedira.
A estampa do fiel mártir de
Cristo
Vai, senhor, no seu dia
competente;
Que um fidalgo que tem mesa de
gente
Com São Brás deve sempre andar
bem quisto
Mas eu, que vezes mil me tenho
visto
Sem ter mais que engolir que o ar ambiente
Inda quando algum nicho o põe patente,
Nem lhe rezo, nem beijo o seu registo:
Louve-o lá quem quiser, a acção é
santa;
Mas quanto a mim, o homem que
jejua
É o mártir maior que a Igreja
canta:
Nem mo trate de herege a voz
comua;
Que aquele que não dá uso à
garganta,
Que lhe importa São Brás? Coisa
nenhua.
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