Ao Marquês
do Pombal quando destituído dos seus cargos, e mandado para a sua casa do
Pombal.
Que desonrem os régios tribunais
Do Pele os sanguinário carniceiros;
Que sejam contadores, tesoureiros
Os que foram nos furtos parciais:
Que estraguem os alheios cabedais
Deputados ladrões! Que maus canteiros
Se digam arquitectos; que os Monteiros
Grão-sultões edifiquem capitais:
Que o Manopla organista, algoz
Manique,
Que da cizânia o espalhador
Pereira
A agravada justiça não despique:
Que o capitão do bando ao erguer
da feira
Rindo-se da galhofa em Pombal fique,
Pode bem suceder; mas não me
cheira!
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