Convento das Capuchinhas de Guimarães |
5 de Abril de 1888
Falece
com 72 anos de idade, no convento das Capuchas, a soror Luísa Maria de S. José,
última religiosa do mesmo convento, o qual desde então até Outubro de 1910
continuou a ser recolhimento de virtuosas senhoras, muito respeitado e venerado
por todos os vimaranenses.
(João Lopes de Faria, Efemérides Vimaranenses,
manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento, vol. II, p. 15
v.)
Em 30 de Maio de 1834, poucos dias
depois da rendição de D. Miguel e da vitória definitiva do liberalismo em
Portugal, foi promulgado o decreto de Joaquim António de Aguiar que estabelecia
extinção a imediata de todos os estabelecimentos das ordens religiosas regulares
(conventos, mosteiros, colégios, hospícios, etc.), sendo os respectivos bens incorporados
na Fazenda Nacional. A aplicação desta lei funcionou de modo distinto nos
conventos masculinos e nos femininos. Enquanto que nos primeiros, os
frades foram obrigados a abandonar de imediato as respectivas instalações, nos
segundos a extinção e transferência para a posse do Estado apenas aconteceria
após a morte da última freira. Ao mesmo tempo, foi proibida a admissão de
noviças.
A extinção do Mosteiro de Madre Deus das
Capuchinhas ou de Claristas Reformadas de Guimarães só aconteceria mais de
meio século depois do decreto de Joaquim António de Aguiar, em 1888, com a
morte da última religiosa daquele recolhimento. Manteria a sua condição e recolhimento de mulheres
até 1910. Em 1918, foi convertido num estabelecimento de acolhimento e ensino
de jovens desamparados, com a designação de Oficinas de S. José, função que
ainda hoje mantém.
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