José Ferreira Guimarães, fotógrafo imperial


Retrato de Francisco Inácio de Carvalho Rezende (1867-8), por José Ferreira Guimarães

José Ferreira Guimarães foi um dos mais destacados fotógrafos do Brasil oitocentista. Era português, nascido em Guimarães em 1841, de onde terá emigrado aos 11 anos. No Rio de Janeiro, aprendeu a arte fotográfica e tornou-se num dos mais afamados retratistas do Brasil, tendo alcançado o título, a poucos concedido, de Fotógrafo da Casa Imperial. Em 1867, apresentou numa exposição a maior ampliação fotográfica até aí produzida no Brasil. A casa fotográfica que havia criado um ano antes foi a maior do Brasil do seu tempo, com instalações sumptuosoas (um verdadeiro palácio de quatro andares, dedicado à fotografia). Tornou-se, rapidamente, num dos retratistas favoritos da elite brasileira, tendo adquirido vasta fortuna com o seu trabalho. Amigo de D. Pedro II, encerrou o seu ateliê após a instauração da República e, tal como o Imperador, mudou-se para Paris. Foi aí que apresentou, na Exposição Universal de 1889, o “Relâmpago Guimarães”, uma espécie de flash que permitia tirar fotografias em ambientes obscurecidos (as suas experiências foram anteriores à apresnetação do pó relâmpago, inventado pelos alemães Johannes Gaedicke e Adolf Mietke. Faleceu em Paris em 1924. Enquanto viveu no Brasil, viajou várias vezes pela Europea, para aperfeiçoar a sua arte e adquirir equipamento fotográfico. Há registo do seu regresso à Guimarães natal na Primavera de 1873.

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