D. João IV |
O 1.º de Dezembro
é, provavelmente, a data cuja comemoração tem tradições mais profundas em
terras de Guimarães. No século XIX já era assinalado com uma récita de gala no
Teatro D. Afonso Henriques. Não sabemos ao certo desde quando, mas já na década de
1890, este dia não passava despercebido em Guimarães “graças à iniciativa da
briosa academia vimaranense”. Segundo O Comércio de Guimarães, em 1893 as
comemorações tiveram o seguinte programa:
Ao romper da manhã haverá uma salva de foguetes percorrendo as
ruas da cidade uma banda de música.
Às 10 horas celebrar-se-á na igreja da Colegiada uma missa a que
assiste toda a academia.
À noite haverá uma grande marcha aux flambeaux, indo na frente uma banda de música, que depois
tocará no largo de Santa Clara.
A frente do seminário será vistosamente iluminada.
Embora, por regra, o 1.º de Dezembro fosse assinalada pelos
estudantes de Guimarães com um programa separado das suas próprias festas, a
celebração da Restauração chegou a ser incluída, em alguns anos, no programa
das Nicolinas.
O último ano de que temos notícia desta comemoração é 1928, em que a Academia Vimaranense contou com a colaboração da Direcção da Sociedade Histórica da Independência de Portugal na organização da sessão solene com que em Guimarães de assinalou o 1.º de Dezembro. Por coincidência, ou talvez não, foi este o ano em que se celebrou pela primeira vez em Guimarães a Batalha de S. Mamede (assinalavam-se então os 800 anos da primeira tarde portuguesa).
O último ano de que temos notícia desta comemoração é 1928, em que a Academia Vimaranense contou com a colaboração da Direcção da Sociedade Histórica da Independência de Portugal na organização da sessão solene com que em Guimarães de assinalou o 1.º de Dezembro. Por coincidência, ou talvez não, foi este o ano em que se celebrou pela primeira vez em Guimarães a Batalha de S. Mamede (assinalavam-se então os 800 anos da primeira tarde portuguesa).
A tradição de assinalar em Guimarães o aniversário da Restauração
seria retomada no último quartel do século XX, pela associação 20 Arautos de Afonso
Henriques.
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