Paio Galvão


 A Rua de Paio Galvão, em Guimarães, no início do séc. XX

O Cardeal D. Paio Galvão.

Pelos anos de 1221 floresceu o Cardeal D. Paio Galvão Cónego Regular do Mosteiro da Costa, junto a Guimarães, donde era natural, e filho de Pedro Galvão, e de Dona Maria Pais. Foi Cónego Regrante de Santa Cruz de Coimbra, e Mestre em Teologia pela Universidade de Paris. Foi Mestre-escola de Guimarães, e Embaixador de Obediência a Roma por El-Rei D. Sancho I. O Papa Inocêncio III o criou Cardeal Dissono do título de Santa Maria in Septisolio no ano de 1206 e no de 1211 foi Cardeal do título de Santa Cecília, e no de 1215 Cardeal Albanense. O Papa Honório III o mandou Legado Apostólico com a Cruzada à Conquista da Terra Santa no ano de 1219 e no ano de 1225 foi Legado do Imperador Frederico II. Com grande satisfação foi Legado nas guerras da Terra Santa em tempo de João Breno Rei de Chipre, e por ser Português lhe pareceu, que em seu tempo se havia de tomar a Terra Santa por uma profecia, que dizem há, que um natural da última Espanha há-de restituir, segundo se vê da História de Basílio João Helora na continuação da Terra Santa liv. 3. cap. 2, e se confirma com memória do livro dos Óbitos do Mosteiro de S. Vicente e fora de Lisboa no primeiro de Junho onde se acha deste Cardeal expressa menção. 

(Manuel Severim de Faria, Notícias de Portugal, Lisboa, Oficina de António Gomes, 3.ª edição, 1791, Tomo II, pp. 220-221)

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