O fim do ano de 1884



E temos findo o ano pródigo de 1884.

Se esta crónica não fosse já chegando aos seus limites, eu faria aqui uma leve resenha do que nos deu e do que demos ao ano que expira; e, confrontando o activo com o passivo, dar-lhe-íamos uma coroa de louros ou uma figa.

Vamos por palpite.

Sentimo-nos bem ou sentimo-nos mal com o ano que finda?

A meu ver, o ano de 1884 foi o ano dos sustos… e da boa pinga.

Oxalá que o próximo ano não seja das realidades… e da zurrapa.

Morre em paz, ano de 1884, e que a terra te seja leve.

Requiescat in pace.

Extracto da "Crónica da Semana", do jornal o Comércio de Guimarães, 1.º ano, n.º 57, 29 de Dezembro de 1884.

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