[Fotografia de Eduardo Brito]
Fonte do antigo Convento de Santa Rosa do Lima (pormenor de uma das bicas).
Fonte do antigo Convento de Santa Rosa do Lima (pormenor de uma das bicas).
Na sequência da proposta do deputado Bernardino Machado, para entregar à Sociedade Mertins Sarmento o Convento de Santa Rosa do Lima (Dominicas), foi entregue na Câmara dos Deputados duas representações com a mesma intenção , uma da Associação de Socorros Mútuos Vimaranense, entregue pelo deputado Ilídio Machado, a outra da "população de Guimarães", apresentada por Bernardino Machado. As representações e as intervenções que a seu propósito ocorreram, foram publicadas no “Diário da Câmara dos Senhores Deputados da Nação Portuguesa”, sessão de 5 de Maio de 1883:
Representações
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3.ª Dos habitantes da cidade de Guimarães, pedindo para ser aprovado o projecto de lei apresentado na sessão de 26 de Março último pelo sr. deputado Bernardino Machado, que tem por fim conceder à sociedade Martins Sarmento, promotora da instrução popular naquela cidade, o edifício e cerca do convento das religiosas de Santa Clara de Lima.
Apresentada pelo sr. deputado Bernardino Machado, e enviada à comissão de fazenda, ouvida a de instrução primária e secundária.
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O sr. Ilídio do Vale: - Mando para a mesa uma representação da Associação de Socorros Mútuos Vimaranense, juntando o seu pedido ao de outras corporações da cidade de Guimarães, a fim de que seja convertido em lei, com a brevidade possível, o projecto de lei, apresentado nesta câmara pelo sr. deputado Bernardino Machado, para a concessão do edifício e cerca do convento das religiosas de Santa Rosa de Lima sociedade Martins Sarmento, para que nesse edifício possa funcionar o instituto-escola criado por essa benemérita associação, e que é incontestavelmente o mais completo, criado pela iniciativa particular no nosso país, porque, alem de todas as disciplinas, que constituem o curso dos liceus de 2.ª classe, tem ainda cursos nocturnos de desenho profissional, tão necessário naquela localidade.
Creio mesmo, que o governo não tem ainda os dados oficiais necessários para bem avaliar a importância e desenvolvimento deste instituto, apesar do funcionário desde o princípio do corrente ano lectivo.
Estou convencido que se os tivesse não deixaria do estimular e prestar o devido auxílio a tão proveitosa instituição.
E quando todos os dias se está aqui a ouvir queixas sobre a falta de iniciativa particular no nosso país em beneficio da instrução, parece-me que com alguma razão se poderia acusar também a falta de auxílio dos poderes públicos a essa iniciativa, quando ele tenta traduzir-se em factos.
A representação da Associação de Socorros Vimaranense, bem como todas as outras no mesmo sentido, parecem-me muito dignas da atenção de um governo e de um parlamento que tenham a peito não simplesmente declamar sobre a falta de instrução, mas sim propagá-la e difundi-la, e como tal espero que ela será tomada na consideração que a todos os respeitos merece.
O sr. Bernardino Machado: - Mando para a mesa uma representação de habitantes do Guimarães em favor do projecto de lei que tive a honra de trazer a esta câmara para ser concedido à sociedade Martins Sarmento o edifício e cerca do convento de Santa Rosa de Lima.
Os serviços com que a sociedade Martins Sarmento tem já correspondido aos seus nobres intuitos fazem-nos ver nela mais do que o impulso generoso da sua fundação, uma força perseverante de colaboração para o desenvolvimento intelectual do país, e estou certo por isso que os poderes constituídos nunca lhe faltarão com o seu apoio, que é uma dívida pública.
Representações
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3.ª Dos habitantes da cidade de Guimarães, pedindo para ser aprovado o projecto de lei apresentado na sessão de 26 de Março último pelo sr. deputado Bernardino Machado, que tem por fim conceder à sociedade Martins Sarmento, promotora da instrução popular naquela cidade, o edifício e cerca do convento das religiosas de Santa Clara de Lima.
Apresentada pelo sr. deputado Bernardino Machado, e enviada à comissão de fazenda, ouvida a de instrução primária e secundária.
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O sr. Ilídio do Vale: - Mando para a mesa uma representação da Associação de Socorros Mútuos Vimaranense, juntando o seu pedido ao de outras corporações da cidade de Guimarães, a fim de que seja convertido em lei, com a brevidade possível, o projecto de lei, apresentado nesta câmara pelo sr. deputado Bernardino Machado, para a concessão do edifício e cerca do convento das religiosas de Santa Rosa de Lima sociedade Martins Sarmento, para que nesse edifício possa funcionar o instituto-escola criado por essa benemérita associação, e que é incontestavelmente o mais completo, criado pela iniciativa particular no nosso país, porque, alem de todas as disciplinas, que constituem o curso dos liceus de 2.ª classe, tem ainda cursos nocturnos de desenho profissional, tão necessário naquela localidade.
Creio mesmo, que o governo não tem ainda os dados oficiais necessários para bem avaliar a importância e desenvolvimento deste instituto, apesar do funcionário desde o princípio do corrente ano lectivo.
Estou convencido que se os tivesse não deixaria do estimular e prestar o devido auxílio a tão proveitosa instituição.
E quando todos os dias se está aqui a ouvir queixas sobre a falta de iniciativa particular no nosso país em beneficio da instrução, parece-me que com alguma razão se poderia acusar também a falta de auxílio dos poderes públicos a essa iniciativa, quando ele tenta traduzir-se em factos.
A representação da Associação de Socorros Vimaranense, bem como todas as outras no mesmo sentido, parecem-me muito dignas da atenção de um governo e de um parlamento que tenham a peito não simplesmente declamar sobre a falta de instrução, mas sim propagá-la e difundi-la, e como tal espero que ela será tomada na consideração que a todos os respeitos merece.
O sr. Bernardino Machado: - Mando para a mesa uma representação de habitantes do Guimarães em favor do projecto de lei que tive a honra de trazer a esta câmara para ser concedido à sociedade Martins Sarmento o edifício e cerca do convento de Santa Rosa de Lima.
Os serviços com que a sociedade Martins Sarmento tem já correspondido aos seus nobres intuitos fazem-nos ver nela mais do que o impulso generoso da sua fundação, uma força perseverante de colaboração para o desenvolvimento intelectual do país, e estou certo por isso que os poderes constituídos nunca lhe faltarão com o seu apoio, que é uma dívida pública.
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