Tombo de 1612: a Praça de S. Tiago

A Igreja de S. Tiago, desenho de Carlos Van Zeller (1835)

No inventário de 1612, o adro antigo da igreja de S. Tiago passou a integrar o inventário dos bens municipais, assumindo a função de rossio da vila, para servir à praça do peixe. O rossio (que era chão da Igreja de S. Tiago, que tinha o Mestre-Escola da Colegiada de Guimarães como abade) incluiria as boticas do peixe, que pagavam foro à Igreja, e a própria Igreja, com o seu alpendre. Passando para o “uso do povo”, não poderia ser fechado, nem nele se poderiam continuar a “enterrar defuntos como dantes se fazia para que assim fique mais livre”.

Segundo a medição que então foi feita, a praça, com a configuração de um polígono irregular com quatro lados, ocuparia um espaço menor do que o actual: do lado Sul, de Nascente a Poente, media 22 metros e, do lado Norte, tinha uma frente mais extensa, com mais de 37 metros; da banda do Poente tinha um comprimento de quase 19 metros, enquanto que a frente voltada a nascente atingia os 33 metros. A igreja de S. Tiago ficava no interior destes limites.

O rossio era, na sua maior parte, ocupado pela praça do peixe. Na praça havia várias bancas para venda de peixe, ficando uma delas “defronte da porta travessa da igreja de S. Tiago junto ao pilar dos arcos dos açougues".

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