"A cidade tem várias praças e terreiros, a melhor é a do Toural. Tem nas suas extremidades um esbelto chafariz, feito em 1588, e um bonito cruzeiro, feito em 1650. (…).
Em a noite de 3 para 4 de Junho de 1869, houve um pavoroso incêndio no largo do Toural, ardendo quase todo um dos quarteirões.
Mais de 60 pessoas ficaram mortas ou feridas! Os prejuízos foram enormes.
O povo, ao princípio, temendo alguma explosão, esteve alguns minutos aterrado e inactivo, mas depois todos concorreram para que o fogo se extinguisse.
Os vimaranenses deram, nesta triste conjuntura, nobilíssimos exemplos de coragem, generosidade, caridade e abnegação. Muitos dos que acudiram, foram feridos, e um dos que mais se distinguiu pela sua bravura, entre tantos bravos, morreu no dia seguinte, em resultado dos ferimentos que recebeu na extinção do incêndio.
Por muitos anos será este dia lembrado com horror em Guimarães."
(in Augusto Soares de Almeida Barbosa de Pinho Leal, Portugal antigo e moderno diccionário geográphico, estatístico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguesias de Portugal e grande número de aldeias. Lisboa, Livraria Editora Mattos Moreira & Companhia, 12 vols., 1873-1890.)
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