Nos tempos que correm, a imagem corporativa constitui uma das principais marcas da identidade de uma instituição ou de um evento. O elemento central dessa imagem, o logotipo, mais do que um mero sinal gráfico, deve ser a marca: uma metáfora visual da identidade do objecto a que se refere. Para um acontecimento como a Capital Europeia da Cultura, o logótipo deve entrelaçar elementos caracterizadores da terra e das gentes de Guimarães, assim como referenciais simbólicos, imateriais e intangíveis, simultaneamente locais e europeus. Devendo ser, por natureza, um objecto simples, o símbolo deverá agregar um conjunto complexo de elementos identificadores facilmente compreensíveis. Ainda não foi definida a imagem corporativa de Guimarães 2012, tendo sido anunciada a intenção de a escolher através do lançamento de um concurso internacional. Parece-me um bom caminho, embora sinta que vai sendo tarde para arrancar com esse processo. Julgo que, com vantagem, poderia ser outra a opção, encomendando-se a concepção do logotipo da CEC2012 directamente a um artista de referência, reconhecidamente capaz de transpor para formas simples a complexidade dos elementos simbólicos em jogo, acrescentando-lhes uma significativa mais-valia de contemporaneidade e dimensão artística. Quem? José de Guimarães, claro.
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Quanto ao resto, plenamente de acordo; o símbolo é um ponto fundamental de qualquer marca - e a marca é um ponto fundamental da imagem que Guimarães passará ao Mundo. É importante não esquecer que o conteúdo não sobrevive sem a forma.
http://www.xiiistudios.com/Guimaraes2012_casestudy_JCampos_xiiistudios.pdf