Entre os valores que o
republicanismo português cultivava, mesmo antes da implantação da República,
contava-se o culto da árvore. Depois e 1910, sucederam-se as iniciativas de
carácter cívico e pedagógico com propósitos de propagação, defesa e culto da árvore, de que se destacava a
celebração de Festa Nacional da Árvore. O ano áureo destas celebrações
aconteceu em 1913. Em Guimarães, o programa da festa incluiu um cortejo em que
participaram os alunos das escolas, colégios e asilos da cidade, professores,
Câmara, autoridades, jornais e as associações profissionais, que terminou com
uma cerimónia de plantação de quatro árvores (uma amoreira, um plátano, uma faia
e uma Tília) no Campo do Salvador (S. Mamede). O dia encerrou-se com uma sessão
de cinema no teatro D. Afonso Henriques, oferecida por Emiliano Abreu, empresário
do Salão Étoile.
Por aqueles dias, o
jornal Alvorada publicou o “decálogo florestal”, que começava por
proclamar que
O grau da cultura de uma nação está na razão directa da protecção à árvore.
E terminava com este
preceito:
O que planta uma árvore pratica uma boa acção; o que, sem necessidade, a destrói, é um ignorante; é um malvado.
Programa da Festa Nacional da Árvore de 1915, em Guimarães. |
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