Cravos vermelhos para Eduardo de Almeida

Há cinquenta anos, num Janeiro que começava frio e chuvoso, Eduardo de Almeida foi conduzido em ombros à sepultura, por quatro tipógrafos, oficiais de uma profissão pela qual tinha uma afeição muito particular, ele que sempre foi, antes de tudo o mais, um homem de letras. Seria sepultado em campa rasa, numa cerimónia discreta, respeitando a sua vontade. Democrata e republicano desde sempre, ao descer à cova, acompanhava-o um ramo de cravos, vermelhos e premonitórios, numa homenagem de Antonino Dias, director do Notícias de Guimarães.

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