O Comércio de Guimarães, 6 de Março de 1959. A propósito dos comentários no Facebook ao texto que publiquei ontem e ao tocante e esclarecedor depoimento que André Coelho de Lima escreveu, na sua condição de vimaranense e de adepto, percebo que poderá parecer, afinal, que não há um problema com a utilização da expressão “Vitória de Guimarães”, mas apenas com a outra, mais singela, “o Guimarães”. Se já não há, infelizmente havia ainda no dia 22 de Setembro, quando um dos maiores jogadores da história do Vitória Sport Clube, Vítor Paneira, foi v…
Anúncio das comemorações dos 25.º aniversário do Vitória Sport Clube, publicado no Notícias de Guimarães de 28 de Setembro de 1947. Sobre as motivações da escolha do nome do Vitória Sport Clube sabemos pouco. Apareceu, na imprensa, nos últimos dias de 1922 como “Victoria Sport Club de Guimarães”, sem qualquer explicação para a escolha da designação. Décadas mais tarde, escreveu-se que a opção teria resultado do decalque do nome do Vitória Futebol Clube, de Setúbal, que, à época, já levava uma dúzia de anos. Nas fontes da época, não temos qualq…
Mariano Fernandes da Rocha Felgueiras, primeiro presidente do Vitória Sport Clube. Fotografia do passaporte. Cortesia de Abel Cardoso. O Vitória Sport Club celebra no Dia de hoje, 22 de Setembro de 2022, o seu centésimo aniversário. É um f acto incontestável, amplamente testemunhado: hoje festeja-se. Porém, em rigor, não é possível afirmar-se, como vejo por aí, até na placa que está afixada no actual Café Milenário, junto ao local onde se situava a porta da antiga Chapelaria Macedo, que o Vitória nasceu no dia 22 de Setembro de 1922. Em rig…
A briu ao público no dia 15 de Junho, no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, a exposição “Vitória Sport Clube 1922-2022”, com uma belíssima retrospectiva visual do primeiro século daquele que, um dia, foi considerado o “primeiro clube da província”. Divide-se em três secções: as dez décadas do futebol vitoriano, as modalidades amadoras e os campos onde o Vitória jogou. Vale a pena ver com tempo. Além de ser, do ponto de vista histórico, tão rigorosa quanto será possível quando se trata de um tema que mobiliza a insustentável derivação da paix…
Francisco de Goya, Os Desastres da Guerra (gravura n.º 15) Aquele era um país onde se suspirava pela liberdade ausente, onde não era respeitado o primeiro e mais elementar dos direitos humanas, o de todos nascerem livres e iguais. Um país mal governado, entregue às mãos de incapazes doutrinados por fanáticos, cultores do obscurantismo e armados com os mais eficazes instrumentos de repressão política e de censura das ideias. Um país onde se vigiava o pensamento e se proibiam e queimavam livros. Um país que impunha a certificação da pureza de sa…
J. Santos Simões (fotografia de Armindo Cachada) Há 55 anos chegava a Guimarães Joaquim António Santos Simões, para ocupar um lugar de professor de Matemática na Escola Francisco de Holanda, então chamada Escola Industrial e Comercial de Guimarães. Trazia consigo a inquietude e a insubmissão de quem não prescindia da liberdade de pensar pela sua própria cabeça, mesmo em dias de chumbo em que até o pensamento era rigorosamente vigiado, o que haveria de lhe valer o desemprego e a prisão. Estava-se em Outubro de 1957 e não seriam necessários mu…
A Praça da Oliveira em 1850. [ Continua daqui ] Diz a lenda que se confunde com a história que na Praça de S. Tiago de Guimarães teria existido um templo dedicado a Ceres, a deusa romana das searas, que o apóstolo S. Tiago converteu ao culto cristão, colocando ali uma imagem Nossa Senhora que, mais tarde, seria levada para a igreja do mosteiro de S. Salvador, da Virgem Maria e dos Apóstolos, partilhado por monjas e monges, fundado por Mumadona. A trasladação da imagem, provavelmente durante o governo do Conde D. Henrique, coincidirá com a re…
Tem dado alguma discussão a história da fundação do Vitória Sport Clube e da sua primeira direcção. Discussão que, infelizmente, há quem queira levar para um campo onde a civilidade, a lealdade e as boas maneiras não jogam. Não sendo grande adepto do jogo da bola, direi que prefiro a subtileza do Aloísio à impetuosidade do Bruno Alves e que sempre gostei de uma discussão rasgadinha, mas sem entradas à margem da lei do jogo, nem violência gratuita, nem física nem verbal. É neste campo que jogo. Passando ao que importa, direi que à luz do qu…
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