As árvores morrem de tristeza?

A fotografia de cima foi tirada no dia 19 de Abril deste ano; a de baixo é de hoje. As diferenças ferem o olhar. Do verde intenso da mancha de arvoredo que cobria o lado esquerdo da paisagem, quase nada se salvou — sobrou (até ver?) um par de árvores que, aparentemente, tiveram a fortuna de crescer fora da área de recreio da lagarta amarela que está a destruir o interior do quarteirão da Caldeiroa. Mas o que mais impressiona é a majestosa palmeira que compete em altura com a torre da Basílica de S. Pedro e espreita o Toural por cima de uma casa que, respeitosamente, se inibiu de crescer para não lhe tapar a vista. Viçosa na Primavera, está doente neste Outono. A morrer. Será que as árvores também morrem de tristeza?

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