Albano Belino fotografado junto de algumas das peças da sua colecção arqueológica e epigráfica. Albano Ribeiro Belino (1863-1906), nasceu em Gouveia, na freguesia de S. Julião, o berço de muita da mão-de-obra dos lanifícios da região. O seu pai, era um humilde tosador. Com tal berço e progenitura, parecia destinado a uma vida em volta da lã, mas escapou ao seu destino: aos 12 anos, deixou Gouveia e rumou a Guimarães com o irmão Alfredo. Entrou para marçano na tabacaria , papelaria e livraria de José Joaquim de Lemos, n a Porta da Vila…
Acaba de ser lançado o livro Albano Belino: Estudos Bracarenses , que reúne as obras que aquele autor dedicou à epigrafia e à arqueologia do concelho de Braga (que também tocam o de Guimarães). A edição é da Câmara Municipal de Braga, com a colaboração da Biblioteca pública de Braga, e foi organizada por Rui Ferreira, com tratamento gráfico de Ana Amorim. A mim, coube-me escrever a introdução. A apresentação aconteceu no dia 28 de Setembro de 2018, no Museu D. Diogo de Sousa, em sessão pública de homenagem a Albano Belino, no quadr…
Na próxima sexta-feira, 28 de Setembro, pelas 21:30, realiza-se no Museu D. Diogo de Sousa uma sessão de homenagem a Albano Belino (1863-1906), promovida pela Câmara Municipal de Braga, no âmbito do programa “Partilhar Memórias”, desenvolvido por aquela autarquia para assinalar as Jornadas Europeias do Património. O arqueólogo Albano Belino é uma figura destacada da cultura portuguesa da viragem do século XIX para o século XX, com um percurso de vida singular. Nasceu em Gouveia e foi, em simultâneo, cidadão de Guimarães e de Braga. Dura…
As necrópoles da Citânia. E porque hoje é o Dia Internacional dos Sítios e Monumentos Arqueológicos, revisitámos um dos sítios arqueológicos primordiais e mais emblemáticos de Portugal, a Citânia de Briteiros, onde, a partir de 1874, Francisco Martins Sarmento se fez arqueólogo. Veremos a Citânia em 1910, pelos olhos de um colaborador da revista Ilustração Portuguesa , que não está identificado, mas que facilmente percebemos tratar-se de Alfredo Guimarães, que por aqueles dias ensaiava os caminhos da etnografia e do estudo da arte popula…
Jean Louis Armand de Quatrefages de Bréau (1810-1892) No início do Outono de 1880, reuniu-se em Lisboa o Congresso de Antropologia e Arqueologia Pré-Históricas. Alguns dos sábios que nele participaram, fizeram uma incursão ao Norte para visitarem a Citânia de Briteiros. O padre António Caldas dá notícia da visita no seu “Guimarães — Apontamentos para a sua História”, publicado no ano seguinte: Pelas 10 horas da manhã do 1º de Outubro de 1880 chegaram a Briteiros, a fim de examinarem as ruínas da Citânia, alguns sábios estrangeiros, …
Ruínas da Citânia de Briteiros (fotografia de Francisco Martins Sarmento) Em 1907, a revista francesa de Tour du Mond e publicou o relato de uma viagem Gérard de Beauregard e Louis de Fouchier ao Norte de Portugal, de onde extraímos e traduzimos o excerto que se refere à passagem dos dois viajantes por Guimarães e pela Citânia de Briteiros, onde é particularmente curiosa a descrição de uma missa em dia de Ascensão a que assistiram em Briteiros. Aqui fica . [Já antes a mesma revista tinha passado por Guimarães. Foi em 1857, eo respect…
Luis Vermell y Busquets (1814-1881) - auto-retrato de 1846. Quando descrevia o Castelo, no seu Guimarães – Apontamentos para a sua história, António Ferreira Caldas, a dado passo, registou: à entrada da torre de menagem lê-se hoje a seguinte - L. Vermell 1868 - nome dum viajante espanhol, que assim quis legar aos vindouros a memória da sua visita ao castelo de Guimarães . Anos mais tarde, Albano Belino referir-se-ia à mesma inscrição, na sua Arqueologia Cristã: Na ombreira direita da porta dessa torre gravou-se em 1868 um nome que, por…
Ruínas da Citânia de Briteiros (fotografia de Francisco Martins Sarmento) A Citânia de Briteiros (das Memórias do Cárcere ) A meia légua das Taipas, tem Francisco Martins uma quinta, chamada de Briteiros. Na casa magnífica da quinta vivia um par de cônjuges decrépitos, antiquíssimos criados de pais e avós do meu amigo. A extensão de salas, câmaras, corredores em longitude e forma conventual, de tudo me senhoreei. Escolhi o quarto, cujas janelas faceavam com um recortado horizonte de arvoredos, e a cumieira chã dum serro onde se divisa…
Jazigo de Francisco Martins Sarmento no cemitério de S. Salvador de Briteiros. A suástica da porta nada tem a ver com a ideologia que, décadas mais tarde, a adoptará nas suas bandeiras. Trata-se de um símbolo recorrente nos achados arqueológicos de Francisco Martins Sarmento. 10 de Julho de 1904 Domingo.- Às 5 horas da tarde saíram do cemitério da Atouguia, com 36 trens, nos quais iam os representantes de diversas corporações e as pessoas de mais distinção, para o cemitério paroquial de S. Salvador de Briteiros, os restos mortai…
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