O Titi Todo o luar do seu sonho, a sua raivosa aspiração de Ideal, tomara enfim corpo e, como de nuvens espumosas dum poente, se criam feerias, assim com tudo o que havia de vago, de luminoso e de impalpável na sua alma a envolvera idealizando-a como uma recordação de outrora. E visto que nunca amara e estava velho e seco pôs-se a querê-la, por todas as que nunca beijara e pelas carícias que nunca mais teria, náufrago que se agarra a uma única tábua de salvação quimera, ai, mas quimera que lhe encharcava de oiro a alma e o fazia feliz…
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