tag:blogger.com,1999:blog-51812987822366859.post4954869036843839280..comments2024-01-30T16:56:46.894+00:00Comments on memórias de araduca: O Pinheiro é dos "velhos" ou é dos "novos"?António Amaro das Neveshttp://www.blogger.com/profile/05290623452604913992noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-51812987822366859.post-71297718664256195192012-01-25T00:24:51.770+00:002012-01-25T00:24:51.770+00:00É com Orgulho que sou Antigo Nicolino e Bisneto de...É com Orgulho que sou Antigo Nicolino e Bisneto de António Faria MartinsTiago Cunhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-51812987822366859.post-69637322238569216462011-12-12T16:14:26.988+00:002011-12-12T16:14:26.988+00:00Emídio,
Apesar de nos "venderem" a tradi...Emídio,<br />Apesar de nos "venderem" a tradição como se tratasse de um tabu, onde ninguém pode tocar, salta aos olhos que a tradição nicolina é feita de mudança. E tem sido essa mudança que tem mantido as festas (cada vez mais)vivas.<br /><br />Silvestre,<br />Assim foi, a partir de certa altura e por algum tempo. Eram os "velhos" a meterem o "bedelho", como alguém escreveu, nas festa dos novos.<br /><br />André, <br />Na verdade, como se percebe pelo que escreves, não me parece que possamos marcar um momento em que o Pinheiro (como as Nicolinas, em geral) deixaram de ser o que eram para passarem a ser algo diferente. As mudanças foram paulatinas e contínuas. A "apropriação" do Pinheiro pelos velhos foi um processo lento, que se iniciou com a decadência das festas visível desde os primeiros anos da década de 1930. A sua "recuperação" pelos novos, transformando-a numa festa de todos, também não foi imediata e foi acontecendo, não sem fricções, ao longo das últimas três décadas. <br /><br />Associado a este processo, existe um outro, que gerou muito mais controvérsia, que tem a ver com a incorporação de raparigas no Pinheiro. Recordo que um dos argumentos mais fortes para contestar a presença da ala feminina no cortejo era sustentado pela ideia de que o Pinheiro era uma manifestação de virilidade masculina, ideia que era reforçada por vários elementos (o pinheiro e a baqueta, elementos eminentemente fálicos; a costumeira de sangrar e rebentar a pele do bombo, numa alusão à perda da virgindade nas mulheres), que são, do meu ponto de vista, tão interessantes quanto fantasiosos, como bem mostra o saudoso Eng.º Hélder Rocha na entrevista que o Miguel Bastos me recordou e de que publiquei alguns excertos (o pinheiro era, simplesmente, o mastro onde se erguia a bandeira das festas, que devia estar erguida enquanto as festas durassem; a prática, um pouco tonta, de espatifar as mãos e rebentar as peles dos bombos é recente e muito adequada a quem não sabe tocar...). Com base em argumentos como este, ainda há por aí muito quem não aceite que as cachopas entrem na festa, fenómeno que é, na minha opinião, irreversível. <br /><br />Abraços<br /><br />AmaroAntónio Amaro das Neveshttps://www.blogger.com/profile/05290623452604913992noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-51812987822366859.post-58553388204235659482011-12-12T00:00:30.697+00:002011-12-12T00:00:30.697+00:00Caro Amaro,
Antes do mais agradecer-te a prontidã...Caro Amaro,<br /><br />Antes do mais agradecer-te a prontidão, e habitual rigor, com que correspondeste ao desafio que te lancei e "pegaste" em mais este tema.<br /><br />Para esclarecer, a minha dúvida prendia-se com o momento em que teria essa "tradição" começado, ou o facto que a teria despoletado.<br /><br />Penso que todos estaremos de acordo com duas circunstâncias: por um lado de que a atual partilha do Pinheiro por novos e velhos é uma evolução em sentido positivo, a festa ganhou dimensão, e ganhou sobretudo o estatuto de "festa da cidade" e já não apenas dos nicolinos. Por outro lado, em que é praticamente impossível que o Pinheiro se tenha iniciado como sendo um número de velhos nicolinos.<br />Esse foi o fator que despoletou a minha curiosidade: o que teria levado a que tal tivesse sucedido? Na medida em que sou conhecedor de diversas teses em torno desse facto, na minha perspetiva nenhuma delas convincente.<br /><br />Isto porque, como se recordam os que cursaram no Liceu nos anos 60, 70 e até finais dos ano 80 (o meu caso), sabíamos que os novos só podiam tocar uma vez erguido o Pinheiro. Até aí, a festa era dos velhos.<br />Este é um facto. O que o despoletou é que desconhecia.<br />Percebo agora, do que leio da tua posição, que foi o movimento criador da Associação dos Antigos Estudantes do Liceu (liderado por António Faria Martins) e a sua progressiva organização e aglomeração, associada a uma menor adesão e organização dos novos, que conduziu a que o número tivesse sido apropriado pelos "velhos" sem haver propriamente um facto ou uma circunstância que o tivesse motivado.<br /><br />Ficamos assim todos mais esclarecidos, e informados, que muitas vezes as supostas "tradições" não são mais do que pequenas alterações num período de 2/3 anos, que são suficientes para condicionar as coisas daí em diante.<br />E mais confortados que o evoluir da tradição face ao que o número hoje é, não é um evoluir mas antes um regressar à sua origem, à sua essência, como já presumia.<br /><br />Com o meu muito obrigado, deixo um abraço,<br /><br />André Coelho LimaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-51812987822366859.post-86996462269723613092011-12-11T23:27:18.581+00:002011-12-11T23:27:18.581+00:00Contava a minha mãe que o meu tio avô José de Pina...Contava a minha mãe que o meu tio avô José de Pina com outros velhos nicolinos, esperava no Toural a passagem do cortejo do Pinheiro e nessa altura os novos emprestavam bombos e caixas que os velhosn tocavam até o erguer do Pinheiro no nCXampo da Feira. Um abraçoSilvestre Barreiranoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-51812987822366859.post-24663604846918259262011-12-11T17:21:37.168+00:002011-12-11T17:21:37.168+00:00É de todos os que, de uma maneira ou de outra, se ...É de todos os que, de uma maneira ou de outra, se sentem ligados a esta terra; velhos, novos, de corpo, cabeça ou espírito; do Liceu, da Chico, da Veiga, do Egas ou de Sezim. Muitos há, que como eu, se sentem intrinsecamente ligados a este "canto" do Mundo; pois independentemente de aonde estejam, sentem este chamamento telúrico da nossa Pátria, nunca se sentindo arraigados de cá. Sendo parecido com o que Pessoa disse- "A minha Pátria é a língua portuguesa", eu sinto que a minha Pátria é Guimarães.<br /><br />Um abraço, Prof. Amaro.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-51812987822366859.post-84994230517109803412011-12-11T16:56:12.971+00:002011-12-11T16:56:12.971+00:00A tradição é por definição evolutiva. O tradiciona...A tradição é por definição evolutiva. O tradicionalismo é que é avesso às mudaças...<br />Estas reflexões provam como as Nicolinas sempre evoluiram. Eu, quando entrei no liceu em 1977 tive de esperar pelo enterro do Pinheiro para poder tocar. E assim sempre foi até ir para a Universidade. Os ultimos anos demonstram que a noite do Pinheiro evoluiu no sentido de antes: velhos e novos indistintos, apenas e só Nicolinos...<br />Abraço<br />Emídio GuerreiroAnonymousnoreply@blogger.com